A criatividade e a iniciativa, muitas vezes individual,
podem representar reconhecimento do mérito educativo
podem representar reconhecimento do mérito educativo
Socorro Braga, professora de ensino fundamental e médio do município
de Bragança e do Estado do Pará é digna representante da criatividade e
da dedicação de sua categoria. Sua prática gera inúmeros exemplos de
práticas pedagógicas a serem seguidas.
Finalista do Prêmio Professor Nota 10 da Fundação Victor Civita, em
1999, professora Socorro é uma entusiasta e usuária de tecnologias
digitais para melhorar a aprendizagem e integrar alunos especiais.
“Meus alunos realizam meus sonhos”, diz Socorro uma campeã de
premiações: professora Socorro recebeu Menção Honrosa por orientar aluna
no então Prêmio “Escrevendo o Futuro” em 2004. Foi o Prêmio que deu
origem a Olimpíada de Língua Portuguesa.
Educação de todos – “O professor é um mediador para transformar o
processo de aprendizagem”, diz Socorro, que, para além de conteúdos
tradicionais, domina às tecnologias e utiliza ferramentas como: objetos
de aprendizagem, recursos educacionais abertos e potencializa o ensino
com o uso intensivo das redes sociais há quase uma década.
Professora de Língua Portuguesa e Informática na Educação, Socorro
ajudou sua Escola, a “Yolanda Chaves”, em Bragança, a crescer e sair do
último lugar do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do
município para o primeiro. Esse é um exemplo de que a meta de melhorar
em 30% o Ideb no Pará é um Pacto pela Educação que toda a comunidade
pode apoiar. Os projetos desenvolvidos na “Yolanda Chaves” ajudaram a escola a ficar entre cinco finalistas estadual do Premio Gestão Escolar
2013.
Pertencimento e solidariedade – “Hoje, o ´Yolanda´ desperta nos
estudantes um sentimento de ´pertença´. São eles que mantém a escola
limpa, as carteiras bem cuidadas. De uma escola na qual nem todos
queriam estudar, Escola Yolanda Chaves passou a ter vagas cobiçadas por
muitos.
Professora Socorro transita no ensino fundamental – “uma questão de
honra, para mim”, com tanta habilidade como pelo ensino médio, onde,
entre adolescentes, identifica talentos, transforma estudantes mais
experientes em monitores voluntários para ensinar colegas e também
professores ainda resistentes ou aprendizes das novas tecnologias.
No Mais Educação, que estende o tempo de aula para um turno extra e
reforça o aprendizado entre alunos que apresentam algum tipo de
dificuldade; ou no Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego, que prepara jovens para o mundo do trabalho, em todos
as instâncias, professora Socorro enxerga a possibilidade de melhorar o
ensino. E leva os formados pelo Pronatec para dar manutenção em
equipamentos de escolas da sua região de atuação.
Praticar a “solidariedade pedagógica” e “esmolar” – termo da cultura
religiosa, prática pela qual se angaria fundos e os distribui para as
obras de igreja, são estratégias inventivas da professora Socorro para
compartilhar materiais e recursos entre escolas dos municípios de
Bragança e Augusto Correa no Nordeste Paraense.
“O professor é um regente” e, para professora Socorro, não faltam
olhos para identificar talentos e formar orquestras em sintonia com a
Educação do Pará.
Sempre interessada em se aperfeiçoar, Socorro é adepta da prática de
pesquisa e apresenta trabalhos em eventos nacionais fazendo relatos de
suas experiências pedagógicas. “Acho que a Universidade precisa
trabalhar mais próxima da Escola. A formação continuada é muito
importante para nós que estamos em sala de aula”, argumenta a professora
Socorro. Do alto de sua experiência docente, Socorro tem muito a
ensinar a sociedade sobre como fazer educação de qualidade.
Texto: Jimena Felipe BeltrãoSecretaria de Estado de Educação
Fonte: http://pactopelaeducacao.pa.gov.br/experiencias-consolidadas